4 de dezembro de 2009

Das conquistas humanas

Com as mãos trêmulas e doloridas
desprovidas do vigor de outrora
pego aquele troféu de ouro agora
das já antigas partidas vencidas

O ânimo esvai-se subitamente
O símbolo da glória, então,
Cai e torna-se pó rapidamente
Por conta da falecida mão

resquício físico da vitória,
Dele só resta cacos ao chão
A serem varridos da Memória

Agora, esta carne fria e dura,
Que tanto conquistou com bravura,
Que sobra? Nada! Tudo foi em vão!

*****

Considerações finais: Estou me conformando em aceitar que o pessimismo do meu espírito é incorrível, inclusive quando tudo vai bem. Apesar de já fazer um certo tempo em que não me aperecem problemas sérios (pelo contrário: situação melhor, só se eu ganhasse na mega-sena), as expectativas são sempre tristes e mórbidas.

20 de maio de 2009

O Presente no Tempo


Cada dia em que levanto e durmo
Cada fardo árduo e dolorido suportado
Cada prazer e alegria de que gozo
Distancia-se e envolve-se em brumas!

O cruel e constante fluxo que é o tempo
Descarta o agora e o hoje
Os condenam a deixarem de ser
E os servem às traças do olvido!